domingo, 14 de novembro de 2010

Dor

Tá machucando, tá doendo... e o médico não vem. Mesmo se viesse, nem os seus quase 10 anos de estudo, seriam suficientes para entender o que se passa. A dor é forte, e fica cutucando a cada batida que o coração dá. Passa por um tempo, mas logo depois, volta. Se tomaria qualquer remédio, se a certeza de que a dor fosse passar, viesse escrita na bula. Não tem remédio pra essa dor no momento. Ela é tão forte, que a respiração fica difícil. O alívio sempre vem. Ela passa. Mas enquanto dói, dói. Ás vezes a gente fica com medo, porque não se consegue fazer nada. Não tem ninguém por perto que entenda do assunto pra ajudar. A gente não consegue aceitar ajuda também. Sempre tem um que percebe que está acontecendo algo de realmente errado, devido os sintomas, que agora são aparentes. Eles não conseguem ajudar. Só vêem os sintomas. Não sentem. Dizem que é exagero. Coisa de criança. Criança não aguentaria. É coisa de gente grande, que não sabe bem ao certo o que fazer. Há um Ser Superior, que entre algumas conversas e pedidos frequentes, parece amenizar um poquinho, talvez, por um pingo de culpa pela dor que é sentida. Talvez, queira que a gente aprenda algo. Mas talvez, não se queira aprender assim. Talvez "o assim", seja a certeza da bula de remédio. Quando dói a gente não quer ouvir, não quer fazer, não quer pensar. Vai por instinto. Qualquer remédio que encontrar. Depois que passa, sim. A gente se bombardeia de perguntas. Só perguntas. Respostas? Acreditar. Esperança. Desejo. Tudo vai passar. Mais volta. A gente quer pra sempre. Pra sempre é dificil. No final, é sempre você contra você mesmo. Sem respostas. Muitas perguntas. Muitos desejos. O machucado fica. Cura? Á pro'cura. Sentido. Quando? 



14/11/10

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